quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Saboreando a Vida


Fico a saborear a vida
Como ela se concebe

Um embrião no ventre
Um Ser vivo
Que espera do mundo, carinho e atenção!

Vejo barrigas e mais barrigas!
Crianças esperando Crianças!
Gravidez sem planejamento
Serão bem acolhidas?
Ou ficarão a mercê da sorte, no abandono?

Fico a pensar...
Na minha própria existência
No jeito que fui concebida
Será que ficaram a planejar?

Nada! Naquele tempo, não tinha planejamento
Não tinha televisão, computador
Aproveitavam mais a vida

Ficavam a amar!
Nasciam mais crianças!

O nascimento era comemorado com festança
Crianças eram concebidas com amor
Tratadas com carinho e atenção!

No dia do nascimento de uma criança
Na minha casa era uma festa
Tinha parteira acompanhadas de ajudantes
E nós crianças ficávamos a escutar
Quando o neném ia chorar!

Ficávamos dizendo de forma carinhosa
___Eu quero um irmãozinho! Eu quero uma irmãzinha!
A gritar um grito bem alegre para o avião quando passar escutar!
__Avião traz o nosso nenenzinho bem depressa!
Queremos brincar com ele!
Mostrar nossos brinquedos!
A gente deixa ele andar... no quebra - pé, na perna de pau!
Brincar com nossas panelinhas feitas de latas de sardinha!
Traz ele depressa, avião!
Nossa mãe está chorando...
E não queremos que ela sofra não!

Naquele tempo crianças, eram crianças
Brincavam de médico, dentista, professora...
Brincavam de roda, de pique - esconde, de amarelinha, de passar anel, de cozinhadinha...
Deixavam o tempo passar
Para quando adultos, casar
E em filhos pensar!
Adultos e crianças caminhavam na Fé!
Tinha sonhos, esperança!

E quando chegava o Natal... Acordávamos na certeza de que o Papai Noel tinha passado
E deixado o presente que ele podia nos dar
Pois sabíamos que o nosso Papai Noel era pobre
Mas era um homem nobre
Que não esquecia das crianças pobres!

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