quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Solidão

A escuridão...
Nos transporta para lugares estranhos
Dá um sensação de que estamos flutuando
Preste a cair num buraco sem fundo
Sem ninguém para nos salvar
Sem ninguém para nos dar a mão

Gritamos e o grito some no infinito
As cores desaparecem
Tudo entristece
Gritos e mais gritos são ouvidos
Gritos e mais gritos ficam perdidos no infinito

Com essa escuridão
Não dá para viajar
O que resta é se trancar
Porque não dá para alçar voos...
Sem sentir o perfume das flores

Diante dessa tamanha escuridão
Tudo fica sem cores...
Sem vida
Sem atenção
Sem proteção

E o coração?
O coração se assusta
Não quer ficar no escuro
Tem medo de sonhar
Tem medo da solidão







quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sinfonia

O dia amanhece
A sinfonia é linda
Os pássaros cantam
Em ritmo de alegria
Anunciando o novo dia

Os jovens caminham sorridentes
Mais um ano letivo inicia
Ouvindo o canto se encantam
Dão passos no ritmo da sinfonia

Sentada fico a observar
O vento que bate em meu rosto
Propicia frescor
Propicia bem estar

Fico aqui na minha porta
Observando cada Ser
Que passa apostando no novo dia

Cada Ser tem uma meta
Seguem em busca de luz
Todos são na verdade
Um pouco profetas
Um pouco artista

Cada Ser
Profetiza um dia cheio de glória
O rosto iluminado pela luz do dia
Transborda de alegria
Querendo mais e mais vitória

Fico aqui a observar
O caminhar de cada Ser
Seu jeito de falar
Seu jeito de apostar no novo dia que estar a chegar

Em cada caminhar há esperança
Em cada olhar há sonhos
Em cada passos há histórias

Cada Ser dá passos diferente
Se cumprimentam...
Fofocam...
Contam história
Cobram das autoridades

Cada Ser aposta diferente no novo dia
Que amanhece...
Cheio de frescor
Com uma gostosa ventania
E todos contribuem e participam
Formando uma imensa orquestra
Recebendo em festa
O presente
O novo dia
Com uma linda sinfonia




domingo, 30 de janeiro de 2011

Alma Sofrida

Cala-te ó alma
Que me aborrece

Cala-te ó espírito
Sua atitude me deixa aturdido

Cala-te ó coração
Ameniza a dor da separação

Cala-te olhos
Não enxergues a dor

Cala-te ó boca
Abra somente para pronunciar palavras
Para acalentar...
Essa alma que não se acalma
Mediante as tempestades

"Deus dá o frio conforme o cobertor"

Caminhando ouvi dizer:"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E lá vai ela com a proteção de Deus
Em plena tempestade caminha a pequena
Os gritos a incomodam
Confusa no meio de tanta bagunça a pequena pedi socorro

Gritam...
Não param de falar blasfémia
E a pequena chora...chora...
Pedindo atenção

Parecem surdos, falam sem parar
E lá está a pequena a chorar
Pedindo proteção

Acredito que Deus está ali
Protegendo aquele Ser
Que veio no mundo sem querer

Aquele que fez profetizar esse ditado
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
Acreditava e tinha fé
Que Deus está em todo lugar
E que cada Ser independente de ser rico ou pobre
Deve ser amado e respeitado

Perdida

De repente...
Fiquei angustiada
Sem ânimo pra nada

Naveguei
Te procurando me perdi
Te perdi

Ficaram no ar
Palavras que poderiam ter me acalentado

Então meio desnorteado
Adormeci
Sem querer...
Te achei

Rascunho...
Rascunho...

Lá estava você
Aos prantos te recuperei
E ainda me disse
Sumida?
Sim, sem espaço
O que vai fazer?
Cuidar da alma