quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Sujeira da Vida!


Num silêncio profundo
Com o embalar do canto dos pássaros
Estou a escrever
Lembrando de você
Que me deixou mal amada
Em prantos, sem encantos
Desistindo da vida, do mundo

Nesse silêncio profundo da vida
Me sentindo perdida
Estou aqui a ouvir
O barulho da vassoura
Varrendo as sujeiras de um presente que virou passado
Sujeiras, que não se tornou pó
De um Povo que suja sem dó
As ruas dessa cidade querida!

Ah! D. Maria!
Quem dera um dia
Pudesse varrer para sempre
O passado de um Ser!
O passado de uma vida!
A dor que sinto no peito!
Essa dor maldita, que me faz chorar todos os dias!

E lá vai D. Maria!
Varre, com a certeza de que amanhã ainda terá mais sujeira!
Porque meu Povo, não aprendeu ainda, boas atitudes!
Não adquiriu ainda, boas maneiras!

Varre, mas não varre meu coração!
Que fica aqui remoendo o passado!
Lembrando de palavras que foram ditas!
Palavras que não se perderam ao vento!
Palavras malditas!
Que comigo sempre andarão!

Ah! D. Maria
Varre! Varre!
Arraste este sentimento forte!
Arraste esta dor!
Que o vento não leva!
Que o tempo não consegue apagar!
Desta alma, desta vida!

Varre! Traz esperança para este Ser!
Atitudes para este Povo!
Que trata com desprezo nossa cidade!
Ensina-os a viver!

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